OBRIGADO PELA VISITA

O TEMPO CONTEM A TERNIDADE

CADA DIA NOVA VIDA

Calendario

O Tempo nos conduz a Deus

sábado, 27 de fevereiro de 2010

TRNSFIGURAÇÃO DO CORAÇÃO


2º DOMINGO DA QUARESMA
Lc.9,28-36
No Domingo passado, primeiro da Quaresma, nós contemplamos Jesus no deserto às voltas com satanás, o tentador.

Neste segundo domingo da quaresma nós O contemplamos envolvido de luz e de esplendor, na intimidade com Deus, seu Pai.

Ao proclamar a Igreja este texto da Transfiguração, no segundo domingo da quaresma, quer indicar a nós que peregrinamos neste mundo através de suas agruras, de suas cruzes, de suas dificuldades, de seus sofrimentos, que o término de nossa peregrinação é glorioso, Ele foi antecipado na Transfiguração e se tornou definitivo para Jesus por ocasião da Páscoa de sua Ressurreição.
      A meio caminho quaresmal, envolvidos com nossas penitências, a Igreja nos mostra por antecipação também, onde é que nos conduz à porta estreita do Evangelho que procuramos levar a sério nestes dias de penitencia e de recolhimento.

O Evangelista São Lucas, muito sensível às seguidas e repetidas orações de Jesus, nos diz que Jesus foi transfigurado enquanto estava em Oração.
                               
Padre Fernando C. Cardoso
                              

     Verdadeiramente a Oração nos propicia não apenas um encontro com Deus, mas uma transfiguração à medida que nos tornamos, pouco a pouco, homens e mulheres de Oração, de intimidade com Deus nós nos vamos  transfigurando.
         A Escritura nos fala do rosto transfigurado de Moisés, devido ao contato com Deus durante quarenta dias e quarenta noites. É possível que nossos rostos materiais não se transfigurem, mas o que é muito mais importante do que o rosto, o Coração, este sim pouco a pouco na Oração, o contato direto, silencioso e íntimo com Deus, vai se transfigurando e quando este Coração se transfigura não nos leva apenas à uma intimidade pessoal com Deus, leva-nos também a amar e acolher no mesmo Amor todos aqueles que são amados por Deus.
         Transfiguração do Coração, eis a Graça que nós gostaríamos de pedir para nós durante esta peregrinação quaresmal. Transfiguração do Coração prévia para todos aqueles e aquelas que desejam um dia participar definitivamente da páscoa de Jesus, envoltos eles também no mundo da beleza de Deus.   (*)
c / f Padre Fernando C.Cardoso

DEUS TAMBÉM É PAI DOS NOSSOS INIMIGOS


Sábado
1ª Semana da Quaresma
Mt.5,434-48

Reserva-nos o Senhor, uma lição amarga para muitos de nós neste Sábado quaresmal. “Ouviste o que foi dito: Amarás teu próximo e odiarás o teu inimigo eu, porém vos digo: Amai os vossos inimigos, rezai pelos vossos perseguidores”.

Na verdade esta ordem insólita e aparentemente antinatural de Jesus lança as suas raízes profundas na Aliança que Deus realiza com cada um de nós. Ao se reportar a cada um, Deus nos transforma de criaturas, em Filhos e desta feita deseja que nós O imitemos em todas as nossas ações.
                          
                                    Padre Fernando C. Cardoso

Acontece que os nossos inimigos são também Filhos de Deus, são também chamados a Aliança com Deus. Aqueles que nos fazem mal estão muitos deles no mesmo Corpo de Cristo que estamos nós.

Não podemos nos unir a Cristo sem nos unirmos a todos aqueles que, com Cristo e em Cristo, formam um único Corpo. Quando nós comungamos não recebemos apenas a Cabeça desligada dos membros; juntamente com a Cabeça vem todos os membros, até mesmo aqueles membros que nos são antipáticos, particularmente hostis ou quem sabe até inimigos.

Por sermos todos Filhos de um mesmo Pai, por termos todos um destino final único, a Vida Eterna, as inimizades devem ser diluídas, devem ser dissolvidas.

Não é dito que nós devamos ser amigos daqueles que nos olham de maneira hostil, mas perdoar-lhes, rezar por eles, não guardar rancor no Coração, isto sim porque nós precisamos imitar a Deus e Deus, seja o que for, Deus os ama, Deus os quer e tem o mesmo destino sonhado conosco para com eles também.

É uma lição amarga, eu disse e repito que esta ordem vai contra a natureza, não importa, Jesus não se limitou apenas a nos mandar como no Sermão da Montanha: do alto da cruz lá pregado, ele deu exemplo e rezou pelos seus inimigos: “Pai perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” e de resto nós também não sabemos o que se passa no intimo do Coração daqueles que nos são hostis.(=contrários )

Eliminemos esta categoria da nossa Vida espiritual e seremos mais Filhos de Deus.  (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ACEITEMOS O PERDÃO QUE DEUS NOS OFERECE.


Sexta Feira
1ª Semana Tempo Comum
                                                                                        
                                                                            Mt.5,20-26
Eis outro evangelho eminentemente Quaresmal escolhido a dedo pela Igreja para este tempo. Depois de afirmar Jesus, que devemos amar os nossos irmãos e não nos enraivecer com ninguém, acrescenta: “Põe-te de acordo com o teu adversário enquanto caminhas com ele em direção ao tribunal, não suceda que lá chegando o Juiz te meta na prisão, de lá não sairás sem que pagues o último centavo”.
                                   Padre Fernando C. Cardoso
 
     Quem é este adversário? De acordo com o contexto imediato, são aqueles e aquelas com os quais, ou contra os quais nós temos algo dentro do nosso Coração. 
    Porém neste tempo Quaresmal, de certa maneira, o nosso adversário poderia ser considerado Deus, que justamente se sente ofendido com o nosso proceder pecaminoso, presente ou passado.  Então põe-te de acordo com o teu adversário. Busque neste tempo de salvação, o perdão que Deus generosamente  nos oferece. Honrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.  Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação. 

Nós temos certeza de que teremos outras tantas Quaresmas futuras pela frente?  Temos certeza de que o tempo de nossa peregrinação será longo, indeterminado, quase que indefinido?  Temos certeza de que não estamos mais próximo do fim do que do começo?
     Então estas coisas não devem tirar o sono de ninguém. Também não nos podem deixar num estado de semi-consciência e quem sabe até de infantilismo diante de Deus. 
      Não temos o direito de nos comportar diante de Deus como Crianças caprichosas. Somos adultos e Deus nos trata com seriedade. Concede-nos um espaço de Salvação, um tempo de Misericórdia. Ele deseja o bom fim. Ele é capaz de modificar até os pecados passados fazendo-os girar em nosso próprio favor, desde que nos arrependamos com sinceridade. Com a Sua graça que nunca nos falta estejamos dispostos a nos afastar dos mesmos, para sempre. 
     Deus não aceita que  brinquemos com Ele. Menos ainda aceita que continuemos a provocá-lo, com pecados sempre repetidos e dos quais nunca com sinceridade, eliminamos e banimos da nossa Existência cristã. 

Vale a pena escutar São Paulo: “De Deus não se zomba, com Ele não se brinca. O que o homem tiver plantado, é exatamente aquilo que haverá de colher”.   (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

DEIXEMOS A DEUS A ÚLTIMA PALAVRA


Sexta Feira
1ª Semana Tempo Comum
Mt.7,7-12

“Pedi e recebereis, batei e a porta vos será aberta”. Eis um Evangelho consolador.

As afirmações são colocadas nos próprios lábios de Jesus. Tendo estas afirmações nos meus lábios, eu normalmente falo o seguinte aos peregrinos que levo a Terra Santa, diante da Basílica da Agonia, onde se faz Memória da agonia de Jesus no Horto das Oliveiras: Aquele que disse, “Pedi e recebereis, batei e a porta vos será aberta”, quando no jardim e no horto, angustiado, pediu: “Pai, afasta de Mim este cálice”. O cálice não Lhe foi afastado. Pediu e não recebeu, mas acrescentou: “Não a minha, mas a Tua vontade seja feita”.

No final da Oração a Vontade humana de Jesus se conformava com a Vontade do Pai e aceitava o Cálice da Paixão, que Ele percebeu não lhe seria tirado.

Jesus pediu num momento primeiro que isto lhe fosse retirado das vistas e das mãos. Soube ler no Silêncio de Deus, que esta Oração assim, não seria atendida. E então, acrescentou o que já disse: “Não a Minha mais a Tua vontade seja feita”.

Existiam algumas maneiras de se livrar da Morte, ou ser dela poupado - o que Jesus não foi - ou ressuscitando para trás - o que aconteceu com Lazaro, com o filho da viúva de Naim, mas não com Ele - ou então Ressuscitando para frente, depois de atravessar o próprio Mistério da Morte.

Padre Fernando C. Cardoso

Esta foi a Graça que Jesus recebeu. Aos peregrinos que eu levo a Terra Santa, diretamente da Basílica da Agonia, eu digo sempre: peçam, mas com uma mão apresentem a Deus as Orações, as súplicas e os pedidos, mas não levantem a outra mão apresentando a Deus também a solução. Basta o pedido, deixemos a solução que venha de Deus, da forma como Ele quiser, da maneira como quiser e quando Ele quiser também. Porque quem reza sente a sua pobreza total. Ele não é Senhor de si, não é Senhor de seu tempo e não possui nas mãos o que suplica a Deus. O deixa livre para escolher a maneira como deseja intervir na nossa Vida.

No caso de Jesus, sabemos o Cálice não lhe foi retirado. Jesus passou pela Morte e saiu Vencedor para nunca mais Morrer e tendo agora as chaves dos hades e do abismo dos Mortos nas próprias mãos.

Deixemos sempre a última Palavra a Deus e não antecipemos a solução que pode não ser sua. (*)

c / f Padre Fenando C. Cardoso

VIA SACRA

1ªESTAÇÃO

Jesus é condenado à morte.
Pilatos mandou vir água e lavou as mãos diante da multidão: "Estou inocente do sangue deste homem". A responsabilidade agora é do povo". Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado."

2ªESTAÇÃO

Jesus carrega a sua cruz.
Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao Calvário ou Gólgotha ('lugar do crânio' em hebraico). A Cruz é um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.

3ª ESTAÇÃO

Jesus cai pela primeira vez.
Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem e ele cai. Com chicotes, os soldados que o escoltavam o forçam a se levantar.

4ªESTAÇÃO


Jesus encontra Maria, sua mãe.
Mãe e filho se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilharam até a cruz. Sua união era tão intimamente perfeita, que não tinham necessidade de falar, porque a única expressão residia nos seus corações.

5ªESTAÇÃO

Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz.
Na verdade, Simão de Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. Ele vinha passando, quando recebeu dos soldados a ordem de ajudar, Jesus tinha que permanecer vivo até a crucifixão.

6ªESTAÇÃO

Verônica enxuga a face de Jesus.
Uma mulher que assistia à passagem de Jesus decide limpar a sua face tingida de sangue. O pano usado por Verônica teria ficado gravado com a imagem do rosto de Cristo.

7ªESTAÇÃO


Jesus cai pela segunda vez.
Jesus sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava cansado e abatido. Ele caminhava com dificuldade e mais uma vez tropeçou e caiu.

8ªESTAÇÃO

Jesus fala às mulheres de Jerusalém.
Já próximo do Monte Calvário, Jesus esquece sua dor para abrir o coração e consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o seu sofrimento.

9ªESTAÇÃO

Jesus cai pela terceira vez.
Aproxima-se o fim da Via Crucis, com a última queda de Jesus, a terceira de três quedas. Jesus chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel, mas ele não quis beber.

10ªESTAÇÃO

Jesus é despojado de suas vestes.
Os soldados tomaram as roupas e as sortearam entre eles, cumprindo assim, as profecias antigas que descreviam esse episódio.

11ªESTAÇÃO

Jesus é pregado na cruz.
Jesus é crucificado. Cravos de ferro rasgam sua carne, dilacerando suas mãos e pés. A cruz é erguida, e o Cristo fica suspenso entre o céu e a terra. Agora, ele está definitivamente pregado à cruz.

12ªESTAÇÃO

Jesus morre na Cruz.
Com o Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da cruz: 'Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito. Agora, estou contigo'. Baixou a cabeça e morreu.

13ªESTAÇÃO

Jesus é retirado da Cruz.
Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o corpo de Jesus da cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus braços.

14ªESTAÇÃO

Jesus é sepultado.
José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no com um lençol de linho e o deitaram numa saliência na rocha em forma de cama. Então fecharam a entrada com uma grande pedra.

15ª ESTAÇÃO

A Ressurreição.
No domingo, as mulheres que foram ao túmulo o encontraram vazio. Viram dois homens com vestes claras e brilhantes que lhes perguntaram: "Por que procuram entre os mortos, quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou".

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NÃO VALE A PENA FUGIR DE DEUS



Quarta Feira
1ª Semana Tempo Comum
Lc.11,29-32

Jesus muitas vezes era manso, humilde, bondoso, misericordioso, mas sabia ser, quando necessário, duro ou claro nas suas Palavras.

Esta geração é uma geração má é incrédula; ela vive a cata de sinais que a dispensem de crer ou levar a sério as relações com Deus. Mas nenhum sinal lhe será dado a não ser o sinal de Jonas. E nós nos pomos a refletir: qual foi o sinal de Jonas que converteu os ninivitas?

Para quem lê o texto, poderia tirar a conclusão de que a Tempestade acalmada quando, Jonas foi lançado ao mar pelos marinheiros do navio que havia tomado, para fugir de um encargo ou Missão que lhe tinha sido dado por Deus.

Porém os Ninivitas não presenciaram este sinal. Os Ninivitas não presenciaram Jonas ser engolido por um peixe e vomitado depois três dias na praia. Naturalmente este texto não é histórico, ele tem um sabor apenas dramático e literário: não vale a pena fugir de Deus, não vale a pena fugir das obrigações que Deus nos impõe ou para as quais nos chama.
Padre Fernando C. Cardoso

Qual foi o sinal de Jonas que converteu os ninivitas? Nada mais do que sua Pregação. Chegado a Ninive, Jonas percorria a grande Cidade e exclamava: “Dentro de quarenta dias Ninive será destruída.”

Nós estamos vivendo o período quaresmal de quarenta dias também. Mas não gostaríamos de ser destruídos pessoalmente, não gostaríamos de ser destruídos comunitariamente, não gostaríamos que nossa Comunidade recebesse uma reprovação no final desta Quaresma por parte de Deus e de seu Cristo.

Não nos é concedido nenhum outro sinal a não ser o sinal de Jonas. Da mesma maneira como Jonas Pregou a Conversão aos ninivitas, a conversão quaresmal é pregada neste tempo por todos os Ministros de Deus que prezam este nome e desejam o bem Espiritual de seus próprios Fieis.

Estes fiéis levem a sério estas pregações. Não lhe serão concedidos sinais sobrenaturais, paranaturais, ou sinais extraordinários. É através da pregação dos seus ministros, daqueles que se dispõem a ser um prolongamento de Cristo, que quer se aproximar e bater as portas de cada Coração ao longo desta Quaresma.

O sinal de Jonas está aqui, o sinal de Jonas se renova e se torna presente sempre que neste período um Sacerdote, um ministro de Deus, conclamar a Comunidade a se purificar e assim se aproximar mais de Deus.

Não esperemos outros sinais que certamente não virão. Estes são suficientes. (*)

c / f Padre Fernando C. Cardoso

MEDITAÇÃO, OU LEITURA SAGRADA



                                           
Terça Feira

                             1ª Semana Tempo Comum

                                      Mt.6,7-13
“Quando Orardes não imiteis os pagãos, eles pensam que serão atendidos pelo seu muito falar”.
Eu me aproveitaria deste texto evangélico para motivar a todos, a que se entreguem numa outra Oração não vocal, que se chama Meditação. É simples, basta que alguém tome um texto qualquer da Sagrada escritura, Antigo ou Novo Testamento.
                                     
Padre Fernando C. Cardoso
                                   
   
  Exemplo: o Evangelho do dia.  Basta que a pessoa leia o texto com atenção, e a seguir, olhos fixos num Crucifixo ou cerrado em atitude de recolhimento, permitir que o texto lhe fale caindo no íntimo do próprio Coração.  Perguntando-se de quando em quando, sem pronunciar palavra alguma: o que é que Deus deseja de mim, neste exato momento, através deste texto?  O que é que o Espírito Santo suscita em mim através deste texto?  Qual a Oração que Deus gostaria de ouvir de mim partindo deste texto?
     E assim, durante quinze, vinte minutos ou meia hora que seja, nós vamos aprendendo outro tipo de Oração mais profunda que se chama Meditação, ou Leitura Sagrada de um texto inspirado da Bíblia. 
    Aqueles Cristãos que desejam progredir na Oração, não se contentam apenas com Orações vocais.  Sobretudo quando se trata de repetir fórmulas que não são nossas.
    É claro que existe o momento da Oração vocal. Por exemplo, para nós Sacerdotes a recitação do Oficio Divino, ou mesmo a Celebração da Eucaristia.   Mas repito, aquelas pessoas que tem desejo de progredirem mais, se entregam a uma Vida de Oração mais profunda, explorando o campo meditativo e este campo não é reservado a monges ou a monjas de clausura.
    A todos os Cristãos que desejam progresso no seu relacionamento com Deus, para cada um vale a advertência de Jesus, que hoje queremos fazer nossa: “Entra no teu quarto, quando desejares Orar,  feche a porta e no Silêncio Ora desta maneira ao Pai que esta no Céu.”  Ao Pai que conhece, vê e perscruta tudo que se passa no Silêncio e até no âmago do nosso Coração, sem duvida alguma se agradará com a nossa prece.

Eis uma Oração distinta da Oração vocal, que poderia auxiliar e muito os Cristãos em sua peregrinação Quaresmal rumo à Páscoa da Ressurreição.(*)
c / f Padre Fernando C. Casrdoso               

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

OBRAS DE CARIDADE e O JUIZO FINAL


Segunda Feira
QUARESMA
 
Mt.25,31-46

O texto evangélico de hoje é uma página de Revelação de Cristo à Sua Igreja e a cada um de nós neste tempo Quaresmal: “Tudo aquilo que fizestes ao menor dos meus irmãos, a Mim o fizestes; e tudo aquilo de deixastes de fazer de bem ao menor dos meus irmãos, foi a Mim que o não fizestes”.
                                           
Jesus, nesta página e pela única vez no Evangelho, se identifica com todos aqueles e aquelas que sofrem penúrias materiais e espirituais. “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, estava nu e me vestistes, estava preso e me visitastes, ou então todo o seu contrário”.
                                  Padre Fernando C. Cardoso
                                 
Esta página serve para reflexão de todos os Cristãos neste inicio de caminho quaresmal de como nós nos decidimos a ir a Deus.  Mas atenção, quando se toma essa decisão nunca se vai a Deus sozinho, porque senão vamos de ilusão em desilusão.

Quando assumimos a decisão de marchar em Sua direção, e isto é uma Graça imensa que recebemos, devemos dar as mãos aos nossos irmãos.  Devemos ir a Deus de mãos dadas, e mais, devemos ir a Deus amando e servindo a Cristo em cada um dos nossos irmãos necessitados.

O texto no final nos diz que os justos se espantarão e surpreenderão no último dia: “Quando foi senhor que Te vimos necessitado e Te servimos?” - E o Rei os tranquilizará – “Não precisavam ter essa consciência profunda.  Bastou o serviço de caridade que fizestes para com eles, a Mim o fizestes”. 

Nós, através da Fé, podemos ver o Cristo necessitado, o Cristo que espera pela ajuda de nós, em cada irmão sofredor.  Nós não somos culpados ou responsáveis por todos os males do mundo e não temos nenhum poder para eliminá-los com um toque de mágica. 

Nós não podemos saciar todos os famintos ou vestir todas as pessoas que estão nuas, mas nós podemos concretamente fazer o bem desinteressado a determinadas pessoas que a providência que Deus coloca no nosso caminho. 

Se no final da nossa existência nós pudéssemos dizer, como Jó em seu livro: “Não houve jamais um pobre que batesse em minhas portas, que de lá marchasse sem ter recebido de mim. Não houve jamais um necessitado que tenha batido as portas de meu Coração sem que depois me tenha abençoado pelo bem que eu lhe fiz”.
 
Assumamos essas palavras e tratemos concretamente de ajudar aquelas poucas pessoas que estão na nossa frente Te são para nós o Sacramento, o sinal do Cristo necessitado. *(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso